Eu tento escrever

Esse é um lado meu que eu vivo a cada ano bissexto. Inexplicavelmente me vem uma vontade de escrever uns versos, as vezes quase bons. Não me digo poeta pois esses são trabalhadores das palavras e eu sou um preguiçoso das palavras.

Regras para lê-las:


  1. Se você rir eu te mato!
  2. Se roubar lembre de dizer que foi o Leo que colocou no papel!

Essa daqui eu escrevi com saudade da minha avó. Ela era muito "namoradeira" e namorou 5 anos com meu avô só conversando, nenhum beijo. Isso tudo lá em Portugal. Depois de casados e com 3 filhos nascidos e um na barriga, meu avô veio para o Brasil e passou dois anos preparando as coisas para a família vir em melhor condições. Minha avó cuidou de tudo por lá.  Após quase 40 anos da morte do meu avô, minha avó ainda sonhava com ele...


Soneto do Amor que Eu Quero


Quando pequeno tanta felicidade eu via
Na dona Helena e sua vida de um homem só
Seu namorado que há tanto tempo partira
Mas que vivia nas lembranças de minha avó

Namoraram cinco anos e nunca beijaram
Em conversas na volta da missa se conheciam
Talvez por isso que tanto se amaram
E nos desafios da vida, juntos permaneciam

Minha avó, em casa, era um porto seguro
Meu avô cuidava de todos dando o sustento
Juntos se completavam num amor tão puro

Como eles, quero alguém para amar todo momento
Um amor para ser além da vida
Fazer eterno o mais belo sentimento


Leonardo G. Rehm, 2011.


Poema do Amor Prudente

Quanta dor já senti
Nas inconstâncias do meu amor
Do amor que sinto e prometo
E que por chama incendeia
Consome e apaga

Cada recomeço é uma esperança medrosa
Pois já vi, senti, sofri e não quero
Mais do mesmo sentimento efêmero
Que embebeda, enlouquece, me sinto vivo
Entrego-me totalmente amando
E num instante o para sempre chega ao fim
Culpado estou, não sei amar, sou ruim

Não quero poetizar para tantas
Pois poesia dói, verso a verso
É marca de um amor momentâneo
E que por momento talvez dispensável

Não quero sonhar com mais nenhuma
Além da última, que virá definitiva
Quero falar de amor de famíla e futuro
Entregar o que há de melhor em mim
Um amor sincero, completo, eterno

Leonardo G. Rehm, 2011.

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